Com um lançamento extremamente bem estruturado, BK tomou controle de todas as redes sociais, com a atenção para seu icônico lançamento: “O Líder em Movimento”.
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BK trouxe musicalidade, pautas incrivelmente necessárias e obteve um impacto a nível cultural! Até aí tudo ótimo, visto que, BK é um dos maiores rappers que já conheci. Além das ideias bem definidas, e com líricas viciantes, o artista não deixa de lado à luta negra no cenário brasileiro. De fato, é um marco na indústria fonográfica, e que deveríamos dar uma atenção maior.
Sem dúvidas, não precisamos desmerecer nenhum outro trabalho para enaltecer o projeto, mas por que alguém que lançou algo tão incrível, não tem o reconhecimento que outros tiveram?
Não se trata de hype ou não! O rap nacional é um dos cenários mais contaminados pela hipocrisia artística. É como se o rap de mensagem fosse apenas para completar um repertório, não tendo correlação com o resto da história. “O Líder em Movimento” é tão trivial nesse momento, e não teve um terço da atenção que muito deram para músicas genéricas e que não agregam absolutamente nada. Aqui é a linha tênue entre “o que deveríamos valorizar”, versus, “o que poderíamos apreciar, mas não é tão importante assim”. Entendem a diferença?
BK é uma das maiores vozes e influência da história do rap nacional. É um descaso total para com a arte, e com o artista. Ainda que duas músicas tenham conseguido mais que 1 milhão de streams, é vergonhoso saber que a mídia não deu o devido valor, e reconhecimento para o artista.
Em síntese, é notório que artistas que são ativistas, precisam trabalhar três vezes mais para alcançar o reconhecimento na indústria - criando um desconforto enorme, visto que, se não fossem por eles nada disso progrediria.