DK-47 mostrou na prática o quão árduo é a realidade das favelas. Um dos artistas que mais vivência a cena do rap nacional, DK-47 criou um projeto focado para moradores de ruas, em vigor do frio que vem fazendo no país.
Não sendo apenas uma referência viva para os novatos da cena, DK faz questão de fazer valer o título de influência do gênero. Em uma fala aberta, o artista diz: “Estamos aqui de favela cria nos últimos detalhes com o abrigo de inverno. Provavelmente a gente vai começar a funcionar hoje, tá ligado? Ainda não estamos 100% prontos, mas já temos uns dormitórios prontos. com cobertinhas… Já temos cinco dormitórios aqui. Então a gente vai funcionar de nove da noite até às nove da manhã”.
“Chegar aqui vai ter um cantinho quente pra deitar, tá ligado? Pra dormir, uma sopinha quente pra aquecer. De manhã vai ter um cafezinho. Estamos aqui botando o chuveiro agora. Falta só o chuveiro desses detalhes pra gente instalar. Vai ter um banhozinho quente, recebemos doações de toalhas. A galera que quiser vir a partir de amanhã pra essa sopa pode vir pra cá. Às vezes não está em situação de rua, mas se está passando uma necessidade, vem pra cá”
É notório a preocupação dele com a questão social, fazendo sua influência artística ser um fator transcendental. Muitas vezes, artistas usurpam a cultura da favela e suas raízes ancestrais, e em troca não fazem absolutamente nada para contribuir socialmente. O projeto ‘Favela Cria' é a ponta de esperança que a nova geração poderá se inspirar sem medo, tendo em vista a ética editorial que o rapper põe em prática.
Roger Amorim, o DK-47 mostra na prática e na arte, o quão árduo é a vivência nas favelas. Além disso, a expansão lírica que o artista possui em suas músicas, demonstra que não se trata de hype - é a mais pura vivência, e seu modo de dizer que sua marca será sempre lembrada na sociedade.
Em síntese, a sua atitude e contribuição sociocultural é o gatilho que os novos artistas precisam para tomar a decisão de marco cultural – o que pode vir a ser uma tendência.
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