
Na data de 10 de março de 2024, por volta das 23h30, Caelane Cristina Santos de Araújo Silva, conhecida como Kisha, rapper, nascida e criada na cidade de Jandira, acompanhada de Kathleen Villanova (Sereia Bxd), Alexandra Mércia (Malê Bxd), Andressa dos Anjos (Anjos MC), Maria Luiza Brandão (Athena BXD), Taynara Ferreira (Pitanga ZN) e Emily dos Santos (Mlyn), retornavam da primeira batalha de trio feminina organizada pela Batalha do Pitbull, quando foram brutalmente agredidas por funcionários da GOCIL, empresa de segurança terceirizada da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Na ocasião que estavam rimando em um momento de descontração, sem qualquer intenção de monetizar sua arte, mas sim de forma descontraída para acalentar a sua viagem. A rapper Kisha foi o principal alvo das agressões.
A alegação inicial foi de que Kisha e suas amigas incomodavam os passageiros durante a viagem e que deveriam parar de rimar. Assim sendo, elas pararam de rimar, mas continuaram conversando em forma de poesia.
Dois dias após o Dia Internacional da Mulher, uma jovem preta e periférica é agredida pelos seguranças do trem por estar rimando com suas amigas durante a viagem. Kisha teve lesões no rosto, mãos e seu cabelo trançado fora arrancado tamanha violência que foi puxado pela equipe de segurança.
A rapper foi encaminhada para a Delegacia de Polícia do Bom Retiro onde lavrou Boletim de Ocorrência por lesão corporal e pelo crime da Lei Especial nº 7.716/89 - crimes resultantes de preconceito de raça e de cor (RACISMO).
A banca de advocacia que acompanha a Caelane apresentará requerimento ao Ministério Público do Estado de São Paulo para que sejam tomadas todas as medidas cabíveis não só para punição dos funcionários agressores e da empresa a que são representantes, mas também para que se promova ações afirmativas necessárias, didáticas e efetivas para que esses atos não se repitam com outros jovens.
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